quarta-feira, 9 de março de 2016

Desculpas

Did I disappoint you?

É realmente triste perceber que, na minha ânsia de acertar, eu acabei errando. E errando feio demais com quem merecia algo totalmente diferente. Trinta anos de vida e você acha que sabe todas as respostas. Só que, no fim das contas, você não sabe absolutamente de nada e, mesmo achando que está fazendo tudo certo, prefere continuar se enganando a andar com os pés no chão.

E, por causa disto, eu perdi uma boa amiga. Pra sempre? Só o tempo dirá. Mas não deveria manter qualquer esperança de reconquistar sua confiança porque - para deixar bem claro - acho que isto não acontecerá. E deveria condená-la por isto? De forma alguma; imagino que reagiria da mesma forma se os papeis tivessem sido invertidos.

Não há como desfazer o que fiz. Sei que a magoei. Passei por praticamente todos os estágios da dor - exceto, talvez, a depressão porque este é um termo que eu detestaria banalizar - até finalmente aceitar que o erro foi meu, e de mais ninguém. Mas, aí, já era tarde demais. E, conhecendo-a como eu a conhecia até então, não tinha qualquer direito de ser invasivo - a vontade de ser alguém bom e respeitoso não pode ficar apenas no pensamento e, infelizmente, não correspondi com atitudes equivalentes. Demorou bastante, mas finalmente compreendi. Eu não sou “aquilo”, mas me comportei como se fosse.

Acho que pedir todas as desculpas do mundo a esta pessoa não basta aqui. Porém, é a única coisa que posso oferecer neste momento, além do meu desejo mais do que sincero de que ela continue sua vida da melhor forma possível. Não há nada que eu queira mais neste mundo. E, aqui, não existe segunda, terceira ou enésima intenções. Nunca existiu. Só que reconheço minha total falta de habilidade em relação a separar as coisas.

Quanto a mim, só me resta aprender com meus erros e me tornar uma pessoa muito melhor do que “isto” que virei. E eu - e somente eu - terei que carregar esse fardo pelo resto dos meus dias. Vai ser difícil, mas é necessário. Para que nunca mais aconteça novamente.

Still believe in magic / Oh yes I do.

*Sim, os dois versos que começam e terminam este texto/pedido de desculpas são das famosas músicas de U2 (“One”) e Coldplay (“Magic”).

quinta-feira, 9 de maio de 2013

(Mais) Algumas opiniões (sobre esporte)

Já faz quase um ano que não escrevo algo por aqui. Não é, de fato, uma grande surpresa, uma vez que o Doutorado apertou nos últimos 9 meses - mas, pelo menos, cumpri minha tarefa e defendi minha Tese com sucesso no último dia 26 de março (um dia desses, postarei o link para quem tiver interesse em ler meu trabalho). Neste mesmo dia, surgiu uma oportunidade de ir trabalhar, mesmo que por pouco tempo,  fora da caótica - porém, minha cidade natal e lugar que respeito e admiro - São Paulo. Ainda espero pela resposta, mas tomara que dê certo. Só não sei se Dona Graça ou "Seo" Valdir vão lidar bem com isso... Sabem como é, ser filho único é dose. 

Mas, neste momento, paro de falar sobre pesquisa acadêmica e entro em um assunto que particularmente me interessa bastante - como vocês já devem ter visto nos posts anteriores. Esporte. Não vou negar: adoro acompanhar qualquer tipo de esporte, desde o manjado futebol - passando por basquete, vôlei, tênis, beisebol, futebol americano, hóquei no gelo e por aí vai - até o nada elementar Sepaktakraw (procure no Google e se divirta). E a coisa realmente fica intensa quando chegamos aos "finalmentes", o famoso mata-mata, seja ele em "jogo único", "ida e volta", "melhor-de-três", "melhor-de-cinco" ou "melhor-de-sete".

Em particular, alguns times pelos quais torço estão envolvidos em decisões neste momento. Não dá pra ficar tranquilo enquanto seu time, mesmo com poucas chances de vencer um adversário relativamente forte, dá o melhor de si para tentar o que parece quase impossível. Da mesma forma, você fica doido de raiva quando seu time não confirma o favoritismo e sofre até um desfecho que pode ser positivo ou extremamente negativo.

O primeiro caso se aplica ao meu time na National Basketball Association (NBA): desde idos da década de 90, torço para o Houston Rockets, aquele time que foi bicampeão da liga graças, em grande parte, a um gênio chamado Hakeem Olajuwon. Mas, desde então (e já se vão 18 anos), só foi para a final de sua Conferência Oeste apenas uma vez (se a memória não me falha). Neste ano, a equipe (renovada e com bons jogadores como James Harden e Omer Asik) foi para os playoffs (o "mata-mata" deles, em "melhor-de-sete") e, logo de primeira, enfrentou o Oklahoma City Thunder do jovem e genial Kevin Durant. O favoritismo era total e absoluto do Thunder, mas Houston lutou muito - errou bastante, é verdade - e vendeu caro a derrota. Ainda assim, doeu ver meu time perder a chance de ganhar os Jogos 2 e 3 da série: o que seria um 2 a 1 pro Rockets virou um 3 a 0 para OKC, uma vantagem que até hoje, nenhum time da NBA tirou na história dos playoffs. Passei raiva, torci muito, mas não deu. Pelo menos, o time jamais se entregou e poderá fazer muito em um futuro próximo. Mas, no ano que vem, já serão 19 anos sem título e o sofrimento continuará...

O segundo caso está ligado ao Corinthians. Vejam só, muita coisa mudou nos últimos meses desde a última vez que escrevi por aqui: por exemplo, o Timão venceu a Libertadores e o Mundial de Clubes (chorem,  "antis"! huahuahuahauh)... e se acomodou. Passou pela primeira fase da Libertadores deste ano sem ser brilhante e com os problemas de Oruro nas costas. E, apesar de ter eliminado o SPFC na semi-final do Paulistinha, ainda não convenceu neste ano. Agora, enfrentará o Santos ("o time do meu vô") na final do torneio estadual e, entre os dois jogos desta final, tentará reverter a vantagem do Boca Juniors (sempre ele, o Boca...) no jogo de volta das oitavas-de-final do torneio sul-americano - o primeiro jogo foi 1 a 0 para os argentinos, em La Bombonera. O Timão ainda deve um grande jogo em 2013, isso é fato. Pode acontecer nesta semana decisiva? Pode. Mas o time terá que voltar à boa fase de 2012 - quando a aplicação tática era impecável - se quiser repetir os feitos do ano passado. E, claro, neste processo todo, já perdi alguns meses de vida de tanto desespero e raiva que passei.

É isso aí. Acho que pra nove meses sem escrever algo por aqui, já é o bastante. Mas pretendo voltar para dar meus pitacos sobre assuntos variados: política, TV, animais e até mesmo música - por que não?

Até a próxima! (E se caiu no Horto, tá morto!)


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A depressão (e a hipocrisia) pós-olímpica

Segunda-feira, 13 de agosto de 2012. O dia seguinte ao fim dos Jogos Olímpicos de Londres. Cerimônia de encerramento incrível para um evento igualmente incrível no qual se viu de tudo: um nadador fenomenal; um corredor que parece desafiar o mundo e a si mesmo de forma irreverente e inabalável; heróis olímpicos brasileiros que, sem apoio das confederações, conseguiram feitos históricos; e grandes decepções, com desculpas dos mais variados tipos. E sim, estou oficialmente em depressão pós-olímpica, aquela depressão que bate quando passamos de um momento mágico, em que vemos inúmeras modalidades esportivas passando em praticamente todas as televisões do mundo, para aquele momento em que fica claro que o esforço de atletas como Arthur Zanetti (medalhista de ouro nas argolas), Sarah Menezes (ouro no judô) e os irmãos Falcão (prata e bronze no boxe), cada vez mais, será um evento isolado em relação à hipocrisia que é o apoio ao esporte no Brasil, seja por parte dos Governos Federal, Estaduais e Municipais, das confederações desportivas e até mesmo de uma parcela significativa da imprensa esportiva brasileira.

Sobre o Poder Executivo, não há muito o que ser acrescentado. Todos sabem que não há incentivo para que o esporte vire uma ferramenta de recreação nas escolas de ensino infantil, fundamental e médio. Se isso acontecesse, incentivaria vários jovens a praticarem algum tipo de modalidade esportiva (o que, por si só, já seria um ganho incrível em termos de saúde pública) e, com a devida observação, surgiriam novos talentos para a prática esportiva de alto rendimento, que geraria medalhas olímpicas e títulos mundiais. Mas como o "futuro do pretérito" serve apenas para situações hipotéticas e não se produz atletas olímpicos com chances reais de medalhas em apenas 4 anos, não há uma perspectiva positiva para resultados muito melhores no Rio de Janeiro em 2016.

Sobre as confederações: "nunca na história deste País", houve tanto dinheiro para o esporte (quase R$ 2 bilhões para o ciclo olímpico 2008-2012). Mas os resultados pífios na natação (salvo apenas pela ótima medalha de prata de Thiago Pereira), na ginástica (exceto pelos ótimos, porém pontuais, desempenhos de Sérgio Sasaki e do próprio Zanetti) e, principalmente, no atletismo mostram que todo esse dinheiro foi mal utilizado (como era esperado, visto o caráter duvidoso de gente como Carlos Arthur Nuzman, presidente "quase vitalício" do COB). À exceção do judô, que tem projetos sérios de formação de atletas (e que foi recompensado em Londres), investe-se muito em atletas prontos (e que sobrevivem a um ou, no máximo, dois ciclos olímpicos em alto nível) e esquece-se da base, que é onde esse dinheiro tem que ser investido. E, confirmando essa aberração, o que vemos no Brasil são torneios enferrujados e pouco competitivos, como o Novo Basquete Brasil e o Troféu Brasil de Atletismo, que não serve de parâmetro para preparação nem para o campeonato mundial. Nem a Superliga de vôlei escapa da polarização entre os dois ou três times mais ricos, além das arenas vazias nas fases iniciais, mesmo com atletas de seleção brasileira jogando por aqui.

Sobre a imprensa esportiva brasileira, vimos vários jornalistas (em praticamente todas as emissoras, sites, jornais etc.) cobrando, e com absoluta razão, investimentos no esporte de base, em praticamente todas as categorias, durante os Jogos Olímpicos. Entretanto, menos de 24 horas depois do encerramento dos Jogos Olímpicos, o que se vê na televisão, na internet e nos jornais é o de sempre: um excesso de notícias sobre futebol, a "paixão dos brasileiros". E à medida que o tempo passar, com o retorno dos torneios europeus, a coisa tenderá a piorar, tanto em termos de programação (eu já escrevi umas palavras sobre isso, usando a ESPN Brasil como exemplo) quanto em termos de notícias nos sites, redes sociais e afins. E, cada vez mais, o acompanhamento dos "outros esportes" será restrito a sites especializados e jornalistas que, com valentia, remam contra a maré.

Pode parecer uma besteira enorme, mas tenho cada vez mais convicção de que a imprensa é igualmente culpada pela condição catastrófica na qual vive o esporte brasileiro. Como uma criança ou um jovem terá interesse em praticar outro esporte que não seja o futebol se a televisão não se preocupa em transmitir um torneio de basquete, de vôlei ou do que for e, principalmente, não dá um espaço minimamente razoável para que se discuta estes esportes ou mesmo se dê notícias sobre os mesmos? 

Da poderosa Rede Globo e da Rede Bandeirantes ("eterna parceira" da Globo), não se esperaria algo diferente: sempre fizeram isso e não há perspectiva de mudança. Mas quando a própria ESPN Brasil, salvo raras exceções (eu enumero algumas destas exceções no post anterior), usa do mesmo expediente ao restringir a exibição de jogos dos "outros esportes" por meio da exibição de um número cada vez maior de torneios de futebol ao vivo (e até mesmo em VTs noturnos), além de ter um telejornal que deveria se chamar "SoccerCenter" em vez de "SportsCenter" por causa do espaço excessivo que dá ao futebol; é porque realmente a coisa é complicada. (Eu poderia fazer um outro post descrevendo minha "felicidade" ao ver que a ESPN terá os "poderosos" Campeonatos Grego, Francês e Mexicano em sua programação, mas seria apenas uma repetição do que já escrevi sobre o assunto. E como aqueles que determinam a programação do canal - a saber, João Palomino e, principalmente, Arnaldo Ribeiro, diretor de programação - se preocupam apenas em agradar o fã de futebol, desisto, em definitivo, de fazer outro post.)

Por último, e não menos importante, não posso esquecer de citar a hipocrisia do próprio povo brasileiro, que adora chorar pelos atletas em ano de Jogos Olímpicos, mas durante o ciclo olímpico, esquecerá destes mesmos atletas de forma sumária, como SEMPRE fez. Afinal, quem já foi prestigiar um jogo de basquete do NBB? E da Superliga de vôlei? E um campeonato de judô? Aqui, a imprensa, as confederações e o próprio COB têm igual culpa por não divulgar as outras modalidades, mas o fato é que o brasileiro simplesmente prefere cornetar um desempenho ruim a cada 4 anos a acompanhar a evolução dos atletas. Rosicléia Campos, treinadora do time feminino de judô nos Jogos Olímpicos de Londres, disse uma verdade que incomoda muita gente, mas que resume perfeitamente a situação: o brasileiro é ignorante, no sentido em que ignora o que se passa no judô brasileiro. E aqui, eu estendo a frase para praticamente todos os esportes. Exceto o futebol, que mesmo com todo o dinheiro que movimenta, curiosamente, nunca venceu um torneio olímpico.

O final dos Jogos Olímpicos cria um sentimento de ausência, já que foram 2 semanas incríveis, de competições do mais alto nível e misturando um monte de emoções diferentes a cada momento, seja numa seletiva ou numa cerimônia de pódio. Mas a verdadeira depressão vem ao perceber que pouca coisa mudará em 4 anos e tudo que foi dito, possivelmente, será esquecido e voltaremos à velha rotina. Para reclamarmos da falta de apoio ao esporte olímpico daqui a 4 anos, completando o ciclo da hipocrisia. Uma pena.


Notas rápidas:

  • Quero agradecer a todos pela ótima repercussão que o post anterior gerou. Infelizmente, acho que não adiantará muita coisa pois, como eu disse, cada vez mais João Palomino e Arnaldo Ribeiro se preocupam mais em divulgar futebol europeu em vez de melhorar a qualidade da programação - apesar dos bons profissionais que trabalham na emissora. Mas, pelo menos, essa discussão mostrou que há pessoas que não concordam com a enxurrada de futebol na ESPN Brasil.
  • Um dos pontos positivos na televisão foi a série "Segredos do Esporte", apresentada pelo jornalista Paulo Calçade durante os Jogos Olímpicos na ESPN. A série teve alto nível de discussão sobre aspectos da preparação antes, durante e depois das Olimpíadas, além de uma avaliação crítica do desempenho brasileiro em Londres e o que esperar em 2016.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Carta aberta à ESPN Brasil



            Acompanho os canais ESPN desde 2002, quando nem possuía condições de assinar um plano de TV a cabo. Assistia as transmissões na casa de amigos e familiares. Foi onde aprendi a admirar os craques da NBA da época, a aprender sobre o futebol americano e a entender que não existia bom futebol apenas dentro do Brasil. Desde que finalmente passei a assistir a ESPN na minha casa (lá pelos idos de 2005), sempre acompanhei TODA transmissão esportiva e, obviamente, acompanhei a transição que houve quando a ESPN Brasil assumiu, no início de 2006, o canal que era transmitido em Português diretamente da sede norte-americana em Bristol, Connecticut. Apesar de gostar do trabalho da equipe da ESPN Brasil, gostaria de fazer alguns comentários sobre a programação da ESPN brasileira que, na minha opinião, é a melhor da televisão brasileira, mas vem cometendo alguns deslizes desde então.

Minha maior reclamação é sobre o excesso de transmissões de futebol na ESPN. Não é de hoje que o número de transmissões de torneios do futebol europeu (sejam de clubes ou de seleções) aumentou de forma significativa, fato que ficou mais claro ainda com a inclusão dos campeonatos da Segunda Divisão da Inglaterra e da Argentina na temporada 2011-2012. Não são raras as vezes em que esse aumento de transmissões de jogos atrapalham a exibição de partidas ao vivo de outros esportes. Como exemplo mais recente, cito as semifinais da edição 2011-2012 da Copa Heineken de Rugby, que foram exibidas ao vivo apenas no canal ESPN HD, sendo exibidos em VT na ESPN pois, no mesmo instante, havia exibições de jogos do futebol europeu. Com todo o respeito, mas a ESPN transmitiu boa parte dos jogos da Copa Heineken ao vivo em seu canal principal desde a fase preliminar; então por que em um dos momentos mais importantes do torneio, a exibição ao vivo fica “escondida” na ESPN HD? E quando digo “escondida”, me refiro ao fato de que o sinal em alta definição não chega nem a 30% dos assinantes da ESPN (e nem a 30% do total de assinantes de TV a cabo do Brasil, visto que o custo mensal para manter este serviço, restrito apenas às cidade mais populosas do País, ainda é alto), o que significa que mais de 70% dos assinantes da ESPN não têm a chance de ver a partida ao vivo.

Mais um exemplo é a exibição da Copa do Brasil no canal ESPN em horários que prejudicam os fãs da MLB e da NBA. Digo isso porque ambas as ligas possuem transmissões às quartas-feiras e, nos dias em que há Copa do Brasil, esse jogos são automaticamente “escondidos” na ESPN HD, o que claramente desagrada os fãs dessas ligas; basta ver os comentários via Mural, Twitter e Facebook durante a exibição desses jogos. (A NBA possui uma grande base de fãs vinda dos anos 80 e 90, mas isso é simplesmente ignorado pela ESPN brasileira.) Até mesmo um jogo de playoff da NBA (New York Knicks x Miami Heat, exibido ontem, 9 de maio, às 20h) não escapou desse fato. Entenderia a situação se a Copa do Brasil (que é um torneio importante e que eu também acompanho) fosse de transmissão exclusiva da ESPN, mas considerando que não é, vejo essa situação como absurda.

Só não é mais absurda do que a não exibição ao vivo dos jogos da NBA e da MLB (ou de qualquer outro esporte) na ESPN por causa dos VTs noturnos de jogos da UEFA Champions League, incluindo jogos que foram exibidos NO MESMO CANAL e que foram reexibidos poucas horas depois. Como se a cobertura da UCL na ESPN já não fosse suficientemente grande (basta ver o “Sportscenter” brasileiro, que chega a dedicar mais de 80% de seu tempo apenas com futebol)... Muitas vezes, a Rede Globo foi criticada (e com muita razão) pela ESPN brasileira por promover a “monocultura esportiva”. Mas, infelizmente, às vezes a própria ESPN brasileira trilha pelo mesmo caminho em sua programação.

O site da ESPN Brasil ( http://www.espn.com.br ), que deveria ser uma referência na cobertura de esportes em língua portuguesa, na verdade, é exatamente o contrário. Não são raras as vezes em que há notícias com erros grosseiros de Português e, principalmente, com informações vagas e, algumas vezes, incorretas. Curiosamente, esses erros ocorrem com mais frequência em matérias que não são ligadas ao futebol como, por exemplo, basquete (mais especificamente, sobre a NBA), beisebol (MLB) e hóquei no gelo (NHL). Isso quando há alguma notícia sobre esses esportes no site.

Outra situação que eu questiono é o fato do programa “The Book Is On The Table” (que é exibido às sextas-feiras e faz um resumo semanal dos principais resultados e notícias das grandes ligas esportivas norte-americanas – MLB, NBA, NFL e, mais recentemente, a NHL) ter apenas meia hora de duração, tempo que claramente é insuficiente para abordar todos os principais assuntos da semana de forma tranquila e sem “correria”, como tem se visto em muitas edições nos últimos 2 anos. A situação é mais grave ainda pois, na minha opinião, a versão brasileira do “Sportscenter” é extremamente deficiente em termos de cobertura não apenas dessas ligas mas de qualquer outro esporte que não se chama “futebol”, cenário que apenas piorou nos últimos anos com a inclusão da Copa do Brasil na programação dos canais ESPN. E enquanto outros programas futebolísticos como “Fora de Jogo” (sobre futebol europeu) e “Futebol no Mundo” ganham mais espaço na programação, a cobertura dos outros esportes fica cada vez mais fraca.

            Aqui, é importante deixar claro que não faço uma crítica ao trabalho de profissionais como Everaldo Marques, Ari Aguiar, Rômulo Mendonça, Paulo Antunes, Eduardo Agra, José Roberto Lux e Thiago Simões: todos eles, a meu ver, fazem um ótimo trabalho cobrindo as grandes ligas dos EUA e, eventualmente, outros esportes (incluindo futebol). Apenas questiono o “modus operandi” da ESPN brasileira, que desde 2006 (quando assumiu a transmissão em Português do canal ESPN, que era transmitido para o Brasil diretamente da sede norte-americana em Bristol) dá cada vez mais espaço para as transmissões de futebol, deixando de exibir eventos importantes de outros esportes para o grande público, seja não exibindo jogos, seja “escondendo-os” no canal ESPN HD.

            Para terminar meus comentários: pode não parecer, mas eu gosto de futebol. Seria muita pretensão da minha parte querer negar o fato de que o futebol é o esporte número 1 do Brasil. Da mesma forma, seria um absurdo querer que a ESPN voltasse ao patamar pré-2006, onde havia poucas transmissões de futebol. Entendo que futebol é o esporte que mais chama audiência neste País e não culpo a cúpula da ESPN brasileira por querer lucrar com isso. Gosto do trabalho de muitos dos profissionais ligados ao futebol (Leonardo Bertozzi, Gustavo Hofman, Gian Oddi, Paulo Vinícius Coelho, entre outros) e acho que nenhuma emissora esportiva tem uma equipe tão competente como a da ESPN no Brasil. Apenas acho que a ultra exposição do futebol dentro da programação não é um bom caminho a ser seguido pela emissora que se diz a “Líder Mundial em Esportes” (e, que fique claro, ESPORTES no plural). E está cada vez mais claro de que eu não sou uma voz isolada quanto a essas reclamações que faço: basta olhar os comentários via site da ESPN Brasil, Twitter e Facebook. Podem ser poucos comentários, mas imagino que sejam suficientes para, pelo menos, considerar a hipótese de dar mais espaço para o “The Book...” na programação.
           
Atenciosamente, de um fã de esportes.

segunda-feira, 5 de março de 2012

[ESPORTES] O "Bountygate" da NFL

Após um bom tempo fora do ar, estou de volta. Não que eu tenha desistido de postar alguma coisa, mas é que o tempo com o final do Doutorado e outras coisas se tornaram um impedimento para que eu continuasse com as postagens. Mas pretendo escrever sobre qualquer coisa com mais regularidade daqui pra frente. E pra marcar esse retorno, quero escrever uma ou duas palavras sobre o escândalo que foi revelado na última sexta-feira, 2 de março, pela National Football League (a liga de futebol americano dos EUA), representada pelo seu comissário Roger Goodell.

Segundo a NFL, o coordenador defensivo Gregg Williams (atualmente no St. Louis Rams) comandou um esquema de premiações paralelas para jogadores de defesa comandados por ele e que machucassem os adversários nas partidas. E quando falo machucar, falo de tirar do jogo mesmo! A liga afirma que o "prêmio" para cada jogador adversário fora da partida era de US$ 1500,00 e, se o jogador saísse carregado pelo carrinho, o "prêmio" seria de US$ 1000,00. As denúncias gravíssimas, resultado da investigação de três temporadas (de 2009 a 2011), remetem ao período no qual Williams era parte da comissão técnica do New Orleans Saints, time que foi o campeão do Super Bowl (a final da NFL) em 2009.

A investigação começou justamente após a temporada campeã dos Saints, quando quarterbacks como (os já aposentados) Brett Favre e Kurt Warner sofreram lesões graves após sofrerem pancadas fortes dos defensores dos Saints durante jogos dos playoffs contra Minnesota Vikings e Arizona Cardinals, respectivos times dos jogadores citados. Descobriu-se que um número entre 22 a 27 jogadores de defesa dos Saints, além do próprio Williams, participavam do esquema de "incentivos" (daí o nome bounty system, como está sendo chamado o esquema) nas temporadas de 2009, 2010 e 2011, o que pelas regras da NFL, é totalmente ilegal (pois eram bonificações fora do contrato dos jogadores, o que fere as regras do teto salarial da liga) - além de absurdamente antiético, pois ameaçou a integridade física de outros jogadores. E tudo isso com a conivência do técnico Sean Payton e do gerente-geral da franquia, Mickey Loomis (que, aparentemente, sabiam da situação, mas não fizeram nada para interompê-la). Estima-se que nos 3 anos do esquema, aproximadamente US$ 50 mil foram arrecadados "por fora".

Na mesma sexta-feira do anúncio oficial da liga sobre o escândalo, Williams admitiu e pediu desculpas pelo "terrível erro que cometeu". Além disso, o jornal Washington Post divulgou uma reportagem na qual jogadores do Washington Redskins afirmam que o bounty system também foi aplicado por Williams quando o mesmo era coordenador defensivo do time, em 2006 - o que levou Tony Dungy (técnico do Indianapolis Colts em 2006, quando foi campeão do Super Bowl, e atualmente, comentarista da NFL na emissora CBS) a sugerir que as quatro cirurgias no pescoço que o quarterback Peyton Manning teve que se submeter nos últmos 2 anos foram consequência de uma pancada forte que Manning sofreu de defensores dos Redskins, justamente naquele ano. E apenas para piorar um pouco a situação para Williams, há relatos de que a mesma coisa aconteceu quando o mesmo trabalhava para o Buffalo Bills e o Tennessee Titans, entre 2000 e 2003.

Se Goodell continuar aplicando sua política conservadora de integridade física dos jogadores, espera-se que todos os envolvidos no caso dos Saints sejam severamente punidos (seja com suspensões, multas, perda de salários, ou tudo isso junto) e o time de New Orleans perca escolhas do(s) próximo(s) draft(s), além de sofrer uma multa tão ou mais pesada do que aquela o New England Patriots recebeu no famoso caso do "Spygate" de 2007. É quase certo que Williams sofrerá as punições mais severas por ter sido o líder do esquema, mas se as denúncias adicionais forem realmente comprovadas, poderemos ter o primeiro caso de expulsão de um membro de comissão técnica da história da NFL.

Minha opinião sobre isso é a seguinte: o que houve em New Orleans (devidamente investigado pela NFL) ultrapassou os limites do jogo duro (o que é uma marca do futebol americano, um jogo que envolve uma intensidade física enorme) e traz à tona um sistema que, além de pressupor a necessidade de machucar um adversário por dinheiro, é um péssimo exemplo para aqueles que gostam do esporte. Goodell tem a obrigação de passar uma mensagem clara de que a NFL não tolera e não tolerará atitudes como essa, pois sabe que sua imagem ficará arranhada se as punições não forem exemplares e que a NFLPA (a associação de que cuida dos interesses dos jogadores e ex-jogadores da NFL) poderá ficar mais tranquila se a integridade de seus associados puder ser preservada, o que sempre é bom na hora de se renovar o acordo trabalhista a cada 8, 9, 10 anos...

sábado, 10 de setembro de 2011

Basquete: A viagem para Londres está garantida! Mas vamos com calma...

Hoje, 10 de setembro de 2011, a seleção masculina de basquete conseguiu algo que não víamos há muito tempo (mais precisamente, 16 anos): garantiu sua vaga direta para os próximos Jogos Olímpicos, em Londres, a serem realizados no ano que vem. Confesso que há muito tempo não vibrava com uma seleção brasileira como vibrei hoje e há 3 dias atrás, em pleno 7 de setembro, quando o Brasil venceu aquela que é considerada "a seleção da década" - a Argentina, de Manu Ginóbili e Luís Scola - e iniciou a arrancada final para a conquista da vaga olímpica, que culminou na vitória de hoje (difícil, sofrida, chorada) contra a valente seleção da República Dominicana por 83 a 76, na semifinal do torneio Pré-Olímpico das Américas, que classifica os finalistas diretamente para Londres - e o Brasil já está lá!

Falar do grande torneio que jogadores como Marcelinho Huertas, Marcelinho Machado (o dono do jogo de hoje, com 20 pontos e 5 cestas de 3 pontos) e, principalmente, o jovem pivô Rafael Hettscheimer (destaque na partida contra a Argentina) fizeram não é tarefa para mim aqui - deixo a tarefa para blogs especializados em basquete, e há muitos blogs bons por aí, como o Bala na Cesta e o BasketBrasil. Mas a grande verdade é que, independentemente de quem vencer a final do Pré-Olímpico, o grande objetivo da seleção brasileira já foi concretizado e, mesmo que seja vice-campeão amanhã, duvido que a seleção campeã estará mais feliz no pódium do que os brasileiros estarão.

Mas quero escrever aqui sobre alguém que realmente merece o crédito por essa classificação histórica: Rubén Magnano. Ironicamente, um técnico argentino foi o responsável por comandar a seleção brasileira no torneio que a traria de volta para os Jogos Olímpicos. Mas quem conhece Magnano sabe que ele não é qualquer um: foi campeão olímpico em 2004, a frente da Argentina de Ginóbili e Scola. A CBB, que é tão criticada (e com muita razão) no que se refere à gestão do basquete brasileiro (e vou falar sobre isso daqui a pouco...), sabia o que estava fazendo quando contratou Magnano em 2009 (após mais uma tentativa fracassada de classificação para as Olimpíadas - no caso, a terceira seguida), a contra-gosto de muitos treinadores brasileiros, enciumados por não terem sido lembrados para o cargo. E, apesar das pressões de treinadores e imprensa (sempre semeando a "rivalidade" Brasil-Argentina), bancou o treinador até o Pré-Olímpico deste ano, em Mar Del Plata, Argentina.

E tudo deu certo até o momento: com um trabalho sério, preparando o time com partidas amistosas e corrigindo os erros ao longo das competições, e fechando o elenco de jogadores ao seu redor, mesmo se o Brasil não conseguisse a vaga olímpica diretamente (ainda com um Pré-Olímpico mundial, a ser realizado meses antes dos Jogos de Londres, onde serão definidas as vagas restantes), o trabalho de Magnano já merecia um reconhecimento de todos aqui do Brasil. Agora, com a vaga, tenho certeza que esse reconhecimento virá.

Antes do Brasil viajar para Foz do Iguaçu, onde disputou o torneio amistoso Tuto Marchand, tive a chance de ver um jogo amistoso da seleção no ginásio do Clube Atlético Paulistano, aqui em São Paulo. E antes da partida, tive a oportunidade de conversar rapidamente com Rubén Magnano sobre as chances do Brasil de voltar para as Olimpíadas. Ele foi muito sereno e me disse que seria um caminho difícil, mas estava confiante no time. Tirei uma foto com ele e assisti a partida. Posso garantir uma coisa: do time que jogou contra o México naquele dia para este que conseguiu a vaga olímpica, muita coisa mudou - e pra melhor. Claro que ainda há coisas a serem corrigidas e esclarecidas (não é mesmo, Nenê Hilário e Leandrinho Barbosa?), mas para uma seleção que representa um País no qual o basquete é apenas o 4º esporte e há anos foi largado às traças pela CBB (que nunca investiu como deveria nas categorias de base) e pelo ridículo Ministério do Esporte, que se preocupa apenas com a Copa do Mundo e se esqueceu de difundir a modalidade nas escolas básicas nos últimos anos, o resultado de hoje é para ser comemorado.

Apenas espero que aqueles que abandonaram o esporte não venham se vangloriar neste momento e venham com os famosos discursos hipócritas e demagógicos. Essa vitória de hoje é dos 12 jogadores da seleção brasileira masculina de basquete (a saber: M. Huertas, M. Machado, Hettscheimer, Tiago Splitter, Alex Garcia, Guilherme Giovannoni, Marquinhos, Rafael Luz, Benite, Augusto Lima, Caio Torres e Nezinho) e da comissão técnica, desde os assistentes até o treinador Magnano. 

A CBB acertou ao trazer Magnano, mas ainda deve muito para o basquete no Brasil. Espero que o cenário mude nos próximos anos. Para terminar, compartilho com vocês a foto que tirei com o treinador da seleção brasileira masculina de basquete. (Desculpem-me pela foto "tremida", a incompetência foi minha pois a câmera era nova. Mas fica o registro.)


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma vergonha chamada "Copa do Mundo de 2014" e por que desistirei do futebol a partir de hoje

Antes mesmo do anúncio oficial de que o Brasil seria o País sede da próxima Copa do Mundo de futebol, já se sabia o que viria a seguir, apesar de todas as promessas demagogas e hipócritas de que não entraria um centavo de dinheiro público na reforma e/ou construção dos 12 estádios que receberão os jogos do torneio: a aprovação do RDC (Regime Diferenciado de Contratações), com o objetivo de atropelar (não existe palavra melhor para definir a situação) os processos legais de licitação das obras, estimulando o uso de dinheiro público nas obras; isenção fiscal para as obras, que estão toalmente fora do cronograma oficial; superfaturamento; construção de estádios supérfluos e que, num futuro não muito distante do final da Copa, virarão "elefantes brancos" de primeiro mundo (como os de Brasília e Cuiabá, por exemplo), e por aí vai.

E tudo isso comandado por Ricardo Teixeira, dono da famigerada Confederação Brasileira de Futebol (a popular CBF) e, ao que parece, manda mais no País do que as autoridades do Executivo, incluindo a presidente Dilma. Em nome dos benefícios que a Copa supostamente trará para o Brasil (ou para seus próprios bolsos), membros do Executivo e, principalmente, do Legislativo abafam toda e qualquer acusação contra Teixeira e a CBF, que cada vez mais se tornam mais contundentes. 

A dissimulação é tão grande que, em entrevista à Revista Piauí (edição de junho), o próprio Ricardo Teixeira diz que está "cagando" para aqueles que o criticam e que "somente ficará preocupado quando uma denúncia contra ele sair no Jornal Nacional", deixando claro a relação de promiscuidade entre CBF e a Rede Globo, que cada vez mais adota a política do "pão e circo" e dá de ombros para todos os problemas relativos à (des)organização da Copa. A entrevista repercutiu de forma negativa em todas as partes do mundo, exceto aonde realmente deveria repercutir com mais contundência: no Brasil. Por que será?

Definitivamente, o Brasil não é um País sério. E você sabe de quem é a (nossa) culpa, não é mesmo? Não sabe? Basta nos olharmos no espelho...


Abandonar o navio!


E hoje, a esculhambação será oficializada em São Paulo, que ainda não tem um estádio oficial para a Copa do Mundo. Até hoje, quando o futuro estádio do Corinthians em Itaquera será oficializado pelo Comitê Organizador da Copa (que conta com o próprio Teixeira e pessoas de caráter, no mínimo duvidoso, como o - ainda - Ministro dos Esportes Orlando Silva e o diretor da corrupta FIFA, Jerome Valcke) como o estádio de SP (e da abertura) do torneio. Entre o anúncio do início do projeto do "Fielzão" e hoje, passou-se menos de um ano. Vereadores (de todos os partidos, que fique claro) e o prefeito Gilberto Kassab trabalharam arduamente para que todas as etapas fossem aprovadas em tempo recorde, incluindo o plano de isenção fiscal de aproximadamente R$ 420 milhões para as obras. 

Isso quer dizer apenas uma coisa: os impostos que os paulistanos pagam (que não são poucos e ajudam a definir a cidade como a 10ª mais cara do mundo) e que deveriam ser revertidos para a saúde, educação, transporte e segurança públicos vão ser usados para a construção de um estádio para mais de 60 mil pessoas e que, muito provavelmente, aumentará a dívida que o Corinthians tem com a União, que já ultrapassa os R$ 100 milhões. São Paulo não precisa de um novo estádio para Copa: o Morumbi era a melhor opção, de longe. Agora, com o "Trio de Ferro" com seus próprios estádios a partir de 2014, o que fazer com o tradicional estádio do Pacaembu? Resposta: mais um estádio fadado ao título de "elefante branco".

No meio disso tudo, dois nomes que me dão nojo: Ricardo Teixeira e Andrés Sanchez, atual presidente do Corinthians, que se vendeu para a CBF, liderou a dissolução do Clube dos 13 no episódio da renovação dos direitos de transmissão dos clubes com a Rede Globo e colocou o Corinthians numa situação de endividamento praticamente eterno. Agora, um questionamento: um clube que faz uma proposta de 40 milhões de euros para um jogador (no caso, Carlos Tévez, que esteve no clube entre 2005 e 2006 e saiu pela porta dos fundos) tem realmente que implorar por isençã ofiscal para construir seu estádio?

O que lamento é ver comentários de corinthianos preferindo ironizar seus maiores rivais e comemorar a construção de um estádio supérfluo às custas de dinheiro público vindo dos nossos impostos do que se revoltarem contra essa situação vergonhosa. O que está acontecendo no Brasil é caso de Polícia, é digno de impeachment e de cadeia! E ninguém faz algo pelo País: a grande parte dos jovens preferem fazer gracinha nas redes sociais a realmente se engajarem e jogarem todos (vereadores, deputados, senadores, presidente) contra a parede.

É por isso que, a partir de hoje, estou desistindo oficialmente do futebol brasileiro e, como consequência, não torcerei mais pelo Sport Club Corinthians Paulista enquanto o Sr. Andrés Sanchez ou alguém ligado a ele continuar naquele clube. Parece uma tarefa difícil, ainda mais se levarmos em conta à paixão (ou seria monopólio?) que o brasileiro tem com o futebol. Mas, sinceramente, há coisas muito mais importantes do que futebol. Por exemplo, o que fazem com o dinheiro dos nossos impostos. Além do mais, o Brasil não é apenas futebol (apesar da Globo passar a idéia contrária o tempo todo).